sexta-feira, 31 de maio de 2013

Literatura de Cordel para crianças


Fonte: Letra Pequena letrapequenaonline.blogspot.com
Contando a História dos Números

A história desse cordel
Faz tempo que começou
Há muitos e muitos anos
Quando o povo precisou
Contar o que possuía
Pra saber o seu valor
(…)
O pessoal que bolou
Os algarismos que usamos
Foram os povos hindus
Já faz mais de 2000 anos
Que esses números surgiram
E ainda hoje aplicamos
(…)
Esta história que contei
E que brincamos de fato
Entrou na perna do pinto
Saiu na perna do pato
Quem quiser ler mais história
Agora que conte quatro
Pode ler-se um pouco mais aqui.

Brinquedos Populares
Todas as crianças gostam
De um brinquedo ganhar
Sozinha ou acompanhada
De alguém para poder brincar
Brincando se desenvolvem
Não veem o tempo passar

Mas antes de fabricarem
Esses brinquedos que a gente
Compra quando vai à loja
Pra dar a alguém de presente
Existiam outros brinquedos
Usados antigamente

Eram os brinquedos feitos
Pelas mãos de um artesão
Que usava materiais
Para a sua construção
Sucata de todo tipo
Lata, papel, papelão
(...)
A autora de ambos os livrinhos é Ana Raquel Campos. As imagens das capas são reproduções de xilogravuras
 
Outro poema de Cordel muito bacana:
 
Livros de cordel... infantil
Fonte: Letra Pequena letrapequenaonline.blogspot.com
Contando a História dos Números

A história desse cordel
Faz tempo que começou
Há muitos e muitos anos
Quando o povo precisou
Contar o que possuía
Pra saber o seu valor
(…)
O pessoal que bolou
Os algarismos que usamos
Foram os povos hindus
Já faz mais de 2000 anos
Que esses números surgiram
E ainda hoje aplicamos
(…)
Esta história que contei
E que brincamos de fato
Entrou na perna do pinto
Saiu na perna do pato
Quem quiser ler mais história
Agora que conte quatro
Pode ler-se um pouco mais aqui.

Brinquedos Populares
Todas as crianças gostam
De um brinquedo ganhar
Sozinha ou acompanhada
De alguém para poder brincar
Brincando se desenvolvem
Não veem o tempo passar

Mas antes de fabricarem
Esses brinquedos que a gente
Compra quando vai à loja
Pra dar a alguém de presente
Existiam outros brinquedos
Usados antigamente

Eram os brinquedos feitos
Pelas mãos de um artesão
Que usava materiais
Para a sua construção
Sucata de todo tipo
Lata, papel, papelão
(...)
A autora de ambos os livrinhos é Ana Raquel Campos. As imagens das capas são reproduções de xilogravuras
 
 
E pra você papai, mamãe ou professor, que não conhece muito sobre literatura de Cordel: Algumas informações sobre sua história:
 
A Trajetória do Cordel no Brasil

Por: Marco Haurélio
A literatura de cordel que imperou no Nordeste, em fins do século XIX até o terceiro quartel do século XX, é, em linhas gerais, a poesia popular impressa e herdeira do romanceiro tradicional, da literatura oral (em especial dos contos populares, com predominância dos contos de encantamento). O cordel é um dos galhos da árvore da poesia popular, como o repente também o é. Mas cordel e repente não são a mesma coisa, pois, à medida que a árvore cresce, os galhos vão se distanciando, embora estejam unidos pela origem comum.
Grandes repentistas se aventuraram pelas sendas do cordelismo, a começar por Silvino Pirauá de Lima (1848-1913), um dos pioneiros da literatura popular, autor dos clássicos O Capitão do Navio e Zezinho e Mariquinha. Outros poetas que transitaram por ambas as sendas foram José Galdino da Silva Duda, José Vila Nova (pai do famoso Ivanildo), Natanael de Lima, Severino Borges Silva, entre outros grandes nomes já falecidos. Entre os vivos, vale citar José João dos Santos, o Mestre Azulão – paraibano radicado no Rio de Janeiro, um dos fundadores da feira de São Cristóvão - e Antônio Américo de Medeiros, potiguar estabelecido em Patos, Paraíba. Repentistas que se aventuram com sucesso pela literatura de cordel, apesar de raros nos dias atuais, existem. E gente do primeiro time: Geraldo Amâncio Pereira, apresentador do programa televisivo Ao Som da Viola, pela TV Diário; Sebastião Marinho, presidente da União dos Cordelistas, Repentistas e Apologistas do Nordeste – UCRAN, sediada em São Paulo; e Zé Maria de Fortaleza, para ficar em alguns poucos mas significativos nomes.
Então, tiremos de uma vez por todas a dúvida: repentista não é cordelista, e cordelista não é repentista. Repentista pode ser cordelista, e vice-versa. Mas não é regra. Quando a literatura de cordel, ou de folhetos, estava engatinhando e tomando forma, no tempo do poeta maior Leandro Gomes de Barros (1865-1918), viviam, na região do Teixeira, Paraíba, afamados cantadores, como Inácio da Catingueira, Romano da Mãe d’Água e o próprio Pirauá. Havia uma presença mais marcante da oralidade, pois, nesse tempo, eram poucos os alfabetizados. Mas, nas raras horas de ócio, as pessoas se reuniam em torno de alguém que soubesse ler, e se deleitavam com os romances fenomenais do Mestre Leandro: O Cachorro dos Mortos, Os Sofrimentos de Alzira, A Força do Amor, O Boi Misterioso.
A edição e comercialização da literatura de cordel atingiram um alto grau de profissionalismo com João Martins de Athayde, poeta paraibano estabelecido no Recife, e com Francisco Lopes, pernambucano levado pela onda migratória a Belém do Pará, onde dirigiu a lendária Guajarina. Outros editores que aperfeiçoaram o comércio do cordel foram José Bernardo da Silva, sucessor de Athayde, em Juazeiro do Norte, João José da Silva, com a Luzeiro do Norte em Recife e Manoel Camilo dos Santos, que pontificou entre Guarabira e Campina Grande. Outros nomes dignos de nota são José Alves Pontes (Guarabira), Joaquim Batista de Senna, paraibano que fez história no Ceará, e Manoel Caboclo, estabelecido com sua folhetaria Casa dos Horóscopos em Juazeiro.
Em São Paulo desde os anos de 1910 existia a Tipografia Souza, fundada pelo imigrante português José Pinto de Souza. Em 1950, desta tipografia surgiu a Editora Prelúdio, já dirigida pelos irmãos (adotivos) Arlindo Pinto de Souza, filho de José, e Armando Lopes. Dois anos depois, a editora publicaria seu primeiro cordel no formato que a consagrou, com capa em policromia e tamanho maior que os publicados no Nordeste (13,5X18). Era um romance chamado O Amor que Venceu, de Antônio Soares de Maria. Um dramalhão muito ruim, diga-se. No mesmo período, o ex-garimpeiro e poeta popular baiano Antônio Teodoro apresenta alguns originais à editora. Teodoro escrevia sobre tudo, para todos. Seu cordel Vida e Tragédia do Presidente Getúlio Vargas, de 1954, escrito após o suicídio de Getúlio vendeu, na primeira edição, impressionantes 260 mil exemplares. Começa o período áureo da literatura de cordel fora do Nordeste.
Entretanto o tempo, os problemas econômicos, o êxodo rural e a escassez de bons poetas, após a geração que vai até a década de 1940 (Enéias Tavares dos Santos, João Firmino Cabral, Manoel Monteiro, João Lucas Evangelista, Mestre Azulão, Cícero Viera, entre outros) fizeram com que as trombetas fúnebres, na década de 1980, decretassem a morte do cordel.
A Editora Luzeiro, sucessora da Prelúdio, foi a única a sobreviver às crises e seguiu imprimindo os clássicos do gênero sob  a orientação abalizada de Manoel D’Almeida Filho. Em 1990, Arlindo Pinto vende a editora à firma dos Irmãos Nicoló, e a Luzeiro passa por um período de dificuldades, no mesmo período em que morre Manoel D’Almeida Filho, amargurado ante o futuro incerto da editora e da própria literatura de cordel. Hoje, Gregório Nicoló é o único proprietário, e a Luzeiro, superando os problemas, renova as suas publicações, mantendo os títulos tradicionais, ainda com boa aceitação popular.
Nos anos de 1990, surge no Ceará uma nova geração de poetas populares, capitaneada por Klévisson Viana, que fundaria, em Fortaleza, a Editora Tupynanquim. Klévisson, juntamente com seu irmão Arievaldo Viana, Rouxinol do Rinaré (nome de guerra de Antônio Carlos da Silva), Evaristo Geraldo, José Mapurunga e outros valores daquele estado restituíram à Fortaleza a tradição que teve nos poetas editores Moisés Matias de Moura, Luís da Costa Pinheiro e Joaquim Batista de Sena, firmes baluartes tempos atrás.
No Rio Grande do Norte há pelo menos duas editoras em atividade: a Queima-Bucha, de Mossoró, dirigida por Gustavo Luz, que publica textos de Antônio Francisco, Luiz campos e Arievaldo Viana, entre outros; e a Chico Editora, de Parnamirim, Grande Natal, com direção do poeta Izaias Gomes de Assis, que é, também, professor e teólogo.
No Rio de Janeiro, Gonçalo Ferreira da Silva, cearense de Ipu, poeta com raízes eruditas e populares, concebeu e deu vida à Academia Brasileira de Literatura de Cordel, a ABLC, em 1988. Na ata de fundação, nomes históricos da literatura de cordel emprestam seu prestígio à entidade. A Academia acabou se fundindo com a Casa de Cultura São Saruê, criada pelo General Umberto Peregrino, e incorporou ao seu acervo raridades hoje à disposição de estudiosos e entusiastas. Outras entidades espalhadas pelo Brasil continuam a luta encampada por Rodolfo Coelho Cavalcante (1919-1987), maior liderança da história do cordel, responsável pelo Primeiro Congresso de Trovadores e Repentistas, realizado em Salvador, em 1955.
Os maiores sucessos são os eternos clássicos O Pavão Misterioso (José Camelo de Melo Rezende), A Chegada de Lampião no Inferno (José Pacheco), As Proezas de João Grilo (João Ferreira de Lima) e A Peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum (Firmino Teixeira do Amaral). Lampião é a personagem histórica de maior projeção, e sua popularidade resiste à era digital. O maior romance ainda é O Direito de Nascer, de Manoel D’Almeida Filho, com 719 sextilhas. No formato livro, ressalve-se.
É nesse formato que o cordel está chegando a um outro público, além do tradicional. Em São Paulo, no ano de 2008, a editora Nova Alexandria lançou, sob minha coordenação, a Coleção Clássicos em Cordel, com releituras de obras clássicas por cordelistas respaldados. Já foram impressos O Corcunda de Notre-Dame, de João Gomes de Sá, e Os Miseráveis, de Klévisson Viana. Ambas adaptações de obras famosas do escritor francês Victor Hugo. Outros títulos estão a caminho.
Ilustrações
A ilustração não nasceu com o cordel. Antes eram usadas as chamadas “capas cegas”, sem qualquer ilustração. A xilogravura é um fenômeno relativamente recente, apesar de ter sido usada em 1907, na ilustração de uma capa de um folheto de Francisco das Chagas Batista enfocando Antônio Silvino. Fato isolado. Os desenhos e os clichês de cartões postais e com fotos de artistas de Hollywood eram os preferidos dos editores, a começar pelo lendário Athayde. A xilogravura nunca teve ampla aceitação no meio popular, mas a Academia a adotou como a ilustração por excelência dos folhetos de cordel.
A bem da verdade, diga-se: a xilogravura é a ilustração mais característica, mas não a única. A essência de um bom cordel está no texto e não na capa, no vestuário. O cordel (texto e ilustração) evoluiu, e nenhum poeta ou editor antenado abre mão da tecnologia para oferecer ao público edições bem cuidadas. Sem esquecer a tradição, sem desprezar a modernidade. O cordel, por conta disso, chega vivo e com fôlego ao século XXI.
 
Mais informações e dicas você encontra em http://www.cordeldobrasil.com.br/site/index.html
 
Beijos;
Grazi

4 comentários:

  1. COMO FAÇO PARA ADQUIRIR ESSES EXEMPLARES?
    PRECISO DE UNS 20 LIVRINHOS COM HISTÓRIAS DIFERENTES PARA A MOSTRA CULTURAL QUE MEUS ALUNOS ESTÃO PREPARANDO. ELES JÁ ESTÃO COMPONDO VÁRIOS CORDÉIS, MAS OS LIVRINHOS VÃO ABRILHANTAR E APRIMORAR O NOSSO TRABALHO.
    OBRIGADA,
    MATILDES.

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  2. Boa noite, sou professora de uma das unidades do SESC, e gostaria que entrasse em contato conosco. 81 32687714 ou 999979933. Temos interesse em conhecer a autora e o seu material, agradecemos cordialmente, professora Elizangela.

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