sexta-feira, 31 de maio de 2013

Marcelo, Marmelo, Martelo, de Ruth Rocha (Um clássico)




Esta é uma histórinha maravilhosa, eu já amava quando era criança e hoje meus filhos já aprenderam a amá-la também!
Eu super recomendo: Assistam a esta contação e não deixem de ler o livro. Este é um clássico de nossa literatura infantil.
 
Beijocas;
Grazi

Literatura de Cordel para crianças


Fonte: Letra Pequena letrapequenaonline.blogspot.com
Contando a História dos Números

A história desse cordel
Faz tempo que começou
Há muitos e muitos anos
Quando o povo precisou
Contar o que possuía
Pra saber o seu valor
(…)
O pessoal que bolou
Os algarismos que usamos
Foram os povos hindus
Já faz mais de 2000 anos
Que esses números surgiram
E ainda hoje aplicamos
(…)
Esta história que contei
E que brincamos de fato
Entrou na perna do pinto
Saiu na perna do pato
Quem quiser ler mais história
Agora que conte quatro
Pode ler-se um pouco mais aqui.

Brinquedos Populares
Todas as crianças gostam
De um brinquedo ganhar
Sozinha ou acompanhada
De alguém para poder brincar
Brincando se desenvolvem
Não veem o tempo passar

Mas antes de fabricarem
Esses brinquedos que a gente
Compra quando vai à loja
Pra dar a alguém de presente
Existiam outros brinquedos
Usados antigamente

Eram os brinquedos feitos
Pelas mãos de um artesão
Que usava materiais
Para a sua construção
Sucata de todo tipo
Lata, papel, papelão
(...)
A autora de ambos os livrinhos é Ana Raquel Campos. As imagens das capas são reproduções de xilogravuras
 
Outro poema de Cordel muito bacana:
 
Livros de cordel... infantil
Fonte: Letra Pequena letrapequenaonline.blogspot.com
Contando a História dos Números

A história desse cordel
Faz tempo que começou
Há muitos e muitos anos
Quando o povo precisou
Contar o que possuía
Pra saber o seu valor
(…)
O pessoal que bolou
Os algarismos que usamos
Foram os povos hindus
Já faz mais de 2000 anos
Que esses números surgiram
E ainda hoje aplicamos
(…)
Esta história que contei
E que brincamos de fato
Entrou na perna do pinto
Saiu na perna do pato
Quem quiser ler mais história
Agora que conte quatro
Pode ler-se um pouco mais aqui.

Brinquedos Populares
Todas as crianças gostam
De um brinquedo ganhar
Sozinha ou acompanhada
De alguém para poder brincar
Brincando se desenvolvem
Não veem o tempo passar

Mas antes de fabricarem
Esses brinquedos que a gente
Compra quando vai à loja
Pra dar a alguém de presente
Existiam outros brinquedos
Usados antigamente

Eram os brinquedos feitos
Pelas mãos de um artesão
Que usava materiais
Para a sua construção
Sucata de todo tipo
Lata, papel, papelão
(...)
A autora de ambos os livrinhos é Ana Raquel Campos. As imagens das capas são reproduções de xilogravuras
 
 
E pra você papai, mamãe ou professor, que não conhece muito sobre literatura de Cordel: Algumas informações sobre sua história:
 
A Trajetória do Cordel no Brasil

Por: Marco Haurélio
A literatura de cordel que imperou no Nordeste, em fins do século XIX até o terceiro quartel do século XX, é, em linhas gerais, a poesia popular impressa e herdeira do romanceiro tradicional, da literatura oral (em especial dos contos populares, com predominância dos contos de encantamento). O cordel é um dos galhos da árvore da poesia popular, como o repente também o é. Mas cordel e repente não são a mesma coisa, pois, à medida que a árvore cresce, os galhos vão se distanciando, embora estejam unidos pela origem comum.
Grandes repentistas se aventuraram pelas sendas do cordelismo, a começar por Silvino Pirauá de Lima (1848-1913), um dos pioneiros da literatura popular, autor dos clássicos O Capitão do Navio e Zezinho e Mariquinha. Outros poetas que transitaram por ambas as sendas foram José Galdino da Silva Duda, José Vila Nova (pai do famoso Ivanildo), Natanael de Lima, Severino Borges Silva, entre outros grandes nomes já falecidos. Entre os vivos, vale citar José João dos Santos, o Mestre Azulão – paraibano radicado no Rio de Janeiro, um dos fundadores da feira de São Cristóvão - e Antônio Américo de Medeiros, potiguar estabelecido em Patos, Paraíba. Repentistas que se aventuram com sucesso pela literatura de cordel, apesar de raros nos dias atuais, existem. E gente do primeiro time: Geraldo Amâncio Pereira, apresentador do programa televisivo Ao Som da Viola, pela TV Diário; Sebastião Marinho, presidente da União dos Cordelistas, Repentistas e Apologistas do Nordeste – UCRAN, sediada em São Paulo; e Zé Maria de Fortaleza, para ficar em alguns poucos mas significativos nomes.
Então, tiremos de uma vez por todas a dúvida: repentista não é cordelista, e cordelista não é repentista. Repentista pode ser cordelista, e vice-versa. Mas não é regra. Quando a literatura de cordel, ou de folhetos, estava engatinhando e tomando forma, no tempo do poeta maior Leandro Gomes de Barros (1865-1918), viviam, na região do Teixeira, Paraíba, afamados cantadores, como Inácio da Catingueira, Romano da Mãe d’Água e o próprio Pirauá. Havia uma presença mais marcante da oralidade, pois, nesse tempo, eram poucos os alfabetizados. Mas, nas raras horas de ócio, as pessoas se reuniam em torno de alguém que soubesse ler, e se deleitavam com os romances fenomenais do Mestre Leandro: O Cachorro dos Mortos, Os Sofrimentos de Alzira, A Força do Amor, O Boi Misterioso.
A edição e comercialização da literatura de cordel atingiram um alto grau de profissionalismo com João Martins de Athayde, poeta paraibano estabelecido no Recife, e com Francisco Lopes, pernambucano levado pela onda migratória a Belém do Pará, onde dirigiu a lendária Guajarina. Outros editores que aperfeiçoaram o comércio do cordel foram José Bernardo da Silva, sucessor de Athayde, em Juazeiro do Norte, João José da Silva, com a Luzeiro do Norte em Recife e Manoel Camilo dos Santos, que pontificou entre Guarabira e Campina Grande. Outros nomes dignos de nota são José Alves Pontes (Guarabira), Joaquim Batista de Senna, paraibano que fez história no Ceará, e Manoel Caboclo, estabelecido com sua folhetaria Casa dos Horóscopos em Juazeiro.
Em São Paulo desde os anos de 1910 existia a Tipografia Souza, fundada pelo imigrante português José Pinto de Souza. Em 1950, desta tipografia surgiu a Editora Prelúdio, já dirigida pelos irmãos (adotivos) Arlindo Pinto de Souza, filho de José, e Armando Lopes. Dois anos depois, a editora publicaria seu primeiro cordel no formato que a consagrou, com capa em policromia e tamanho maior que os publicados no Nordeste (13,5X18). Era um romance chamado O Amor que Venceu, de Antônio Soares de Maria. Um dramalhão muito ruim, diga-se. No mesmo período, o ex-garimpeiro e poeta popular baiano Antônio Teodoro apresenta alguns originais à editora. Teodoro escrevia sobre tudo, para todos. Seu cordel Vida e Tragédia do Presidente Getúlio Vargas, de 1954, escrito após o suicídio de Getúlio vendeu, na primeira edição, impressionantes 260 mil exemplares. Começa o período áureo da literatura de cordel fora do Nordeste.
Entretanto o tempo, os problemas econômicos, o êxodo rural e a escassez de bons poetas, após a geração que vai até a década de 1940 (Enéias Tavares dos Santos, João Firmino Cabral, Manoel Monteiro, João Lucas Evangelista, Mestre Azulão, Cícero Viera, entre outros) fizeram com que as trombetas fúnebres, na década de 1980, decretassem a morte do cordel.
A Editora Luzeiro, sucessora da Prelúdio, foi a única a sobreviver às crises e seguiu imprimindo os clássicos do gênero sob  a orientação abalizada de Manoel D’Almeida Filho. Em 1990, Arlindo Pinto vende a editora à firma dos Irmãos Nicoló, e a Luzeiro passa por um período de dificuldades, no mesmo período em que morre Manoel D’Almeida Filho, amargurado ante o futuro incerto da editora e da própria literatura de cordel. Hoje, Gregório Nicoló é o único proprietário, e a Luzeiro, superando os problemas, renova as suas publicações, mantendo os títulos tradicionais, ainda com boa aceitação popular.
Nos anos de 1990, surge no Ceará uma nova geração de poetas populares, capitaneada por Klévisson Viana, que fundaria, em Fortaleza, a Editora Tupynanquim. Klévisson, juntamente com seu irmão Arievaldo Viana, Rouxinol do Rinaré (nome de guerra de Antônio Carlos da Silva), Evaristo Geraldo, José Mapurunga e outros valores daquele estado restituíram à Fortaleza a tradição que teve nos poetas editores Moisés Matias de Moura, Luís da Costa Pinheiro e Joaquim Batista de Sena, firmes baluartes tempos atrás.
No Rio Grande do Norte há pelo menos duas editoras em atividade: a Queima-Bucha, de Mossoró, dirigida por Gustavo Luz, que publica textos de Antônio Francisco, Luiz campos e Arievaldo Viana, entre outros; e a Chico Editora, de Parnamirim, Grande Natal, com direção do poeta Izaias Gomes de Assis, que é, também, professor e teólogo.
No Rio de Janeiro, Gonçalo Ferreira da Silva, cearense de Ipu, poeta com raízes eruditas e populares, concebeu e deu vida à Academia Brasileira de Literatura de Cordel, a ABLC, em 1988. Na ata de fundação, nomes históricos da literatura de cordel emprestam seu prestígio à entidade. A Academia acabou se fundindo com a Casa de Cultura São Saruê, criada pelo General Umberto Peregrino, e incorporou ao seu acervo raridades hoje à disposição de estudiosos e entusiastas. Outras entidades espalhadas pelo Brasil continuam a luta encampada por Rodolfo Coelho Cavalcante (1919-1987), maior liderança da história do cordel, responsável pelo Primeiro Congresso de Trovadores e Repentistas, realizado em Salvador, em 1955.
Os maiores sucessos são os eternos clássicos O Pavão Misterioso (José Camelo de Melo Rezende), A Chegada de Lampião no Inferno (José Pacheco), As Proezas de João Grilo (João Ferreira de Lima) e A Peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum (Firmino Teixeira do Amaral). Lampião é a personagem histórica de maior projeção, e sua popularidade resiste à era digital. O maior romance ainda é O Direito de Nascer, de Manoel D’Almeida Filho, com 719 sextilhas. No formato livro, ressalve-se.
É nesse formato que o cordel está chegando a um outro público, além do tradicional. Em São Paulo, no ano de 2008, a editora Nova Alexandria lançou, sob minha coordenação, a Coleção Clássicos em Cordel, com releituras de obras clássicas por cordelistas respaldados. Já foram impressos O Corcunda de Notre-Dame, de João Gomes de Sá, e Os Miseráveis, de Klévisson Viana. Ambas adaptações de obras famosas do escritor francês Victor Hugo. Outros títulos estão a caminho.
Ilustrações
A ilustração não nasceu com o cordel. Antes eram usadas as chamadas “capas cegas”, sem qualquer ilustração. A xilogravura é um fenômeno relativamente recente, apesar de ter sido usada em 1907, na ilustração de uma capa de um folheto de Francisco das Chagas Batista enfocando Antônio Silvino. Fato isolado. Os desenhos e os clichês de cartões postais e com fotos de artistas de Hollywood eram os preferidos dos editores, a começar pelo lendário Athayde. A xilogravura nunca teve ampla aceitação no meio popular, mas a Academia a adotou como a ilustração por excelência dos folhetos de cordel.
A bem da verdade, diga-se: a xilogravura é a ilustração mais característica, mas não a única. A essência de um bom cordel está no texto e não na capa, no vestuário. O cordel (texto e ilustração) evoluiu, e nenhum poeta ou editor antenado abre mão da tecnologia para oferecer ao público edições bem cuidadas. Sem esquecer a tradição, sem desprezar a modernidade. O cordel, por conta disso, chega vivo e com fôlego ao século XXI.
 
Mais informações e dicas você encontra em http://www.cordeldobrasil.com.br/site/index.html
 
Beijos;
Grazi

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Artigo bem interessante sobre a utilização dos blogs na Educação



Blogs na Educação: Blogando algumas possibilidades pedagógicas
 
Adriana Ferreira Boeira

afboeira@ucs.br

Tecnóloga em Processamento de Dados/UCS, Pedagoga Anos Iniciais do Ensino

Fundamental - Crianças, Jovens e Adultos/UERGS, Especialista em Informática na

Educação, Aluna Especial do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDUUCS),

Professora da Rede Particular de Ensino de Vacaria e Auxiliar do Laboratório de

Informática da UCS/Campus de Vacaria.
Resumo
 
Este artigo apresenta os resultados da pesquisa realizada no Curso de

Especialização em Informática na Educação da Universidade de Caxias do Sul, sobre a

utilização de blogs na educação. Sustentada pela pesquisa bibliográfica em diferentes

fontes define o que são blogs e apresenta como os blogs funcionam; apresenta a

utilização de blogs como recurso ou como estratégia pedagógica na educação. Além

disso, através de observações das aulas e análises da utilização do blog
http://informaticaeducativacsj.blogspot.com/, blog utilizado como planejamento,


registro e divulgação das aulas realizadas no laboratório de informática com alunos da

Educação Infantil e das séries iniciais do Ensino Fundamental numa escola particular de

Vacaria, no período de março a novembro de 2007, descreve a forma como é utilizado o

laboratório de informática com estes alunos nesta escola particular e de que forma

ocorre o planejamento das aulas realizadas no laboratório de informática. Neste sentido,

a pesquisa traz importantes contribuições sobre as utilizações de blogs na educação e

pretende servir como referencial teórico e estímulo para posteriores estudos e

investigações sobre a utilização dos blogs na educação.
Palavras-chave:
 
educação, informática, blog
Título: Blogs na Educação: Blogando algumas possibilidades pedagógicas



Introdução
 
A palavra blog vem da abreviação de weblog - web (tecido, teia, também usada

para designar o ambiente de internet) e log (diário de bordo, registro). É um diário online

que permite que os usuários registrem diversos conteúdos que ficam disponíveis em

ordem cronológica, com a vantagem de que possibilita um espaço para comentários dos

leitores.

Cresce a cada dia a utilização dos blogs nas mais diversas áreas, inclusive na

educação. Portanto, o tema se impõe pela atualidade, pois muito se tem discutido sobre

a importância e a validade das novas tecnologias de informação e comunicação (NTics),

especialmente as que envolvem acesso à internet. A escola, principalmente as que

possuem acesso à internet, não podem fazer de conta que os blogs não existem. Mas

mais do incluir a utilização dos blogs na educação, é necessário refletir sobre as suas

possibilidades pedagógicas.

Desta forma, este artigo apresenta os resultados da pesquisa realizada no Curso

de Especialização em Informática na Educação da Universidade de Caxias do Sul, sobre

a utilização de blogs na educação que buscou respostas ao problema: De que forma

podemos utilizar o potencial pedagógico dos blogs?

O artigo não pretende comparar as ferramentas disponíveis nos diversos sistemas

de blog, mas alerta para a importância de se conhecer os diferentes sistemas de blog e

comparar as ferramentas disponíveis antes de criar um blog, além de ler os termos de

serviço, que tratam de questões como a responsabilidade pelo uso do serviço.

Assim sendo, este artigo está organizado em três tópicos. O tópico 1, Blog:

definição e funcionamento, define o que são blogs e descreve como criar, administrar e

como funcionam. O tópico 2, intitulado Blog: algumas possibilidades pedagógicas,

apresenta a utilização de blogs como recurso ou como estratégia pedagógica na

educação. O tópico 3, Blog: planejamento, registro e avaliação, apresenta os resultados

das observações das aulas de informática educativa e análises da utilização do blog

“Informática Educativa” no período de março a novembro de 2007. Blog utilizado como

alternativa para planejamento, registro e divulgação das aulas realizadas no laboratório

de informática com alunos da Educação Infantil e das séries iniciais do Ensino

Fundamental numa escola particular de Vacaria, visto que não era realizado o

planejamento e registro destas aulas anteriormente. Relata de que forma é utilizado o

laboratório de informática com os alunos das séries iniciais do ensino fundamental nesta

escola particular; descreve de que forma ocorre o planejamento das aulas realizadas no

laboratório de informática.
Embasamento Teórico/Corpo

1. Blog: definição e funcionamento
 
Encontram-se várias definições sobre blogs, entre elas, a definição de Inagaki

(2005, p.1) “é um site regularmente atualizado, cujos posts (entradas compostas por

textos, fotos, ilustrações, links) são armazenados em ordem cronologicamente inversa,

com as atualizações mais recentes no topo da página”.

Segundo Mantovani (2005, p.12), “weblog ou simplesmente blog, é um tipo de

publicação on-line que tem origem no hábito de alguns pioneiros de logar (entrar,

conectar ou gravar) à web, fazer anotações, transcrever, comentar os caminhos

percorridos pelos espaços virtuais”.

Para iniciar um blog é necessário escolher um site que ofereça o serviço de

publicação na web. A maioria dos serviços é gratuita e oferece recursos para escrever

como se estivesse usando um editor de textos, não exigem nenhum tipo de

conhecimento técnico especializado sobre as linguagens de programação para construir

páginas na internet. Ao cadastrar-se em um desses serviços, cria-se um endereço para o

blog e um layout. Os próprios serviços oferecem alguns modelos (templates) préconfigurados,

que podem ser alterados posteriormente.

Entre os sistemas de Blog disponíveis em português estão Blig -
http://www.blig.ig.com.br, Blogando.net - http://www.blogando.net, Blogger (br) -

http://www.blogger.com.br, Blog Sapo - http://www.blogs.sapo.pt - (Portugal), Blog-se -

http://www.blog-se.com.br, Blog Terra - http://blog.terra.com.br, Blog Tok -

http://www.blogtok.com, Blog TrixNet - http://www.blog.trix.net, Click 21 My Blog -

http://www.myblog.com.br, NireBlog - http://www.nireblog.com/pt - (Portugal), Pop

Blog - http://www.pop.com.br/popblog, UOL Blog - http://www.blog.uol.com.br,

Windows Live Spaces - http://www.spaces.live.com/?mkt=pt-br.

O blog Informática Educativa http://informaticaeducativacsj.blogspot.com/,

objeto da pesquisa, foi criado no sistema Blogger https://www.blogger.com/start?hl=pt-

BR Figura1. Através do serviço gratuito Blogger, criado em 1999, é possível criar blogs


facilmente em diversos idiomas. Em 2002, o Blogger foi vendido para o Google, desta

forma, para criar um blog neste serviço é necessário ter uma conta no Google.

Após criar o blog pode-se criar e editar o post (que são cada um dos textos

inseridos em um blog). Para editar o post basta dominar as ferramentas de edição de

texto. Os post são apresentados de forma cronológica. É possível editar as postagens

existentes em cada blog e alterar, corrigir, acrescentar informações e excluir

publicações.

O Blogger oferece uma série de templates (formato da página). É possível alterar

o template futuramente ou até criar um inteiramente novo caso o administrador domine

a linguagem HTML. O sistema Blogger possibilita que o usuário crie e administre um

número ilimitado de blogs. Através do Painel, o autor do blog tem acesso à lista de

todos os blogs em que participa tanto como autor quanto como administrador.

Diariamente são criados milhares de blogs nos mais diversos idiomas e com os

mais variados temas, inclusive educacionais. Assim, professores e alunos de todos os

níveis de ensino descobrem na criação de blogs uma outra forma de aprender, de

ensinar, de informar, de conhecer, de compartilhar, de publicar, de comunicar. Como

afirma Lévy (1993, p.7) “novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo

elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática”.

Nesta perspectiva, define-se blog como muito mais que ambientes onde são

publicadas informações (textos, vídeos, imagens), comentários e indicações de links,

considera-se um ambiente que possibilita debates de idéias independentes da localização

das pessoas, estimulando à comunicação, a democratização de idéias, de informações e

conhecimentos com liberdade de expressão.
2. Blog: algumas possibilidades pedagógicas
 
O blog é um importante instrumento de comunicação, interação e

compartilhamento de idéias, informações e conhecimentos de forma colaborativa, e por

estas características, torna-se uma importante ferramenta que pode ser explorada

potencialmente na área educacional. Acredita-se que, ao considerar o blog como

ambiente virtual de aprendizagem, a aprendizagem neste ambiente não pode ser passiva.

Os alunos não devem ser apenas responsáveis pela sua conexão, mas também devem

contribuir com o processo de aprendizagem, pois aprender é um processo ativo, do qual

Figura 1: Página inicial do sistema Blogger.

tanto professor quanto aluno devem participar.

Segundo Soares e Almeida (2005, p. 3):
Um ambiente de aprendizagem pode ser concebido de forma a romper com as

práticas usuais e tradicionais de ensino-aprendizagem como transmissão e

passividade do aluno e possibilitar a construção de uma cultura informatizada

e um saber cooperativo, onde a interação e a comunicação são fontes da

construção da aprendizagem.
 
Assim sendo, cabe ao professor apropriar-se das novas tecnologias de

informação e comunicação (NTics) refletindo sobre suas possibilidades, propondo

atividades e estratégias diferenciadas ao utilizar os blogs. Os blogs estão sendo

explorados por alunos e professores e a cada dia surgem formas diferentes de utilizá-lo:

podem ser utilizados como um recurso pedagógico ou como uma estratégia pedagógica.

Gomes e Lopes (2007, p. 121) apresentam uma representação esquemática da

exploração dos blogs como recurso ou como estratégia pedagógica Figura 2.

Figura 2: Representação esquemática da exploração dos blogs como recurso ou como

estratégia pedagógica.

O que diferencia o blog utilizado como um recurso pedagógico do blog utilizado

como uma estratégia pedagógica são as atividades e estratégias propostas no ambiente e

o papel assumido pelo professor e pelos alunos.

Ressalta-se que as estratégias e atividades propostas pelos professores,

independente do ambiente (sala de aula, laboratório de informática ou ambiente virtual

de aprendizagem) e ou recursos que utiliza (giz, livro, computador...) vão depender da

Epistemologia, da sua concepção de aprendizagem, conhecimento e aluno, que apóia

sua prática.

A utilização de blogs como recurso ocorre quando é utilizado como um depósito

de informações, onde os alunos assumem um papel receptivo e o professor ativo,

disponibilizando links, materiais de aula e conteúdos selecionados que devem ser

consultados pelos alunos na sua disciplina. Nesta perspectiva o professor assume uma

Blog como

estratégia

Blog como

recurso

Professor ativo

Aluno receptivo

Aluno ativo

Professor receptivo

Depósito de conteúdos selecionados

pelo professor contendo links, sínteses

de conteúdos, propostas de atividades

Depósito de conteúdos e links

selecionados pelo professor,

consultados e comentados pelo aluno

Depósito de conteúdos pesquisados e

selecionados pelo aluno contendo

links, sínteses e reflexões pessoais de

conteúdo pelo aluno, sendo visitado e

comentado pelo professor

posição mais diretiva, onde impõe os conteúdos e fontes de pesquisa e o aluno assume

um papel de mero receptor de informações.

Do mesmo modo, existem blogs utilizados na educação que vão além da

exposição de conteúdos e indicação de links e conteúdos. São os blogs que abrem

espaço para os comentários e exposições de idéias dos alunos. Desta forma, os alunos

podem refletir sobre os conteúdos estudados e links acessados e a partir daí, comentar

no blog sua reflexão, opinião, entendimento, dúvidas e sugestões sobre o assunto tratado

tendo como finalidade possibilitar uma troca de opiniões sobre determinado assunto.

Gomes e Lopes (2007, p. 124) ainda oferecem uma representação esquemática

dos principais tipos de explorações pedagógicas dos blogs, quer numa perspectiva

essencialmente como “recurso”, a disponibilizar aos alunos, quer como “estratégia

pedagógica”, funcionando como suporte e interface tecnológico para diversas atividades

de aprendizagem Figura 3.

Figura 3: Representação esquemática das explorações educacionais dos blogs, centradas

na vertente de “recurso pedagógico” e na vertente de ”estratégia pedagógica”.

Mas o blog pode ir além da exposição de conteúdos, indicação de links e

comentários dos alunos. O professor poderá convidar seus alunos para que participem

junto com ele como autores do blog. Assim, os blogs permitem uma construção coletiva

que valoriza a interação e a linguagem, para o desenvolvimento dos alunos. Conforme

Vygotsky, apud Mantovani (2005, p. 12):
A colaboração entre pares ajuda a desenvolver estratégias e habilidades gerais

de solução de problemas pelo processo cognitivo implícito na interação e na

comunicação. A linguagem é fundamental na estruturação do pensamento,

sendo necessário para comunicar o conhecimento, as idéias do indivíduo e

para entender o pensamento do outro envolvido na discussão ou na

conversação. O trabalho em colaboração com o outro, enfatiza a zona de

desenvolvimento proximal (ZDP) que é “algo coletivo” porque transcende os

limites dos indivíduos. A aprendizagem acontece através do

compartilhamento de diferentes perspectivas, pela necessidade de tornar

explícito seu pensamento e pelo entendimento do pensamento do outro

mediante interação oral ou escrita.
 
Após assumirem a autoria coletiva de um blog, os professores também podem
BLOG COMO

RECURSO

PEDAGÓGICO

BLOG COMO

ESTRATÉGIA

PEDAGÓGICA
 
Blog como

espaço de

intercâmbio e

colaboração

Blog como

espaço de

simulação e/ou

debate

Blog como

espaço de integração e

comunicação

Blog sob a forma de

depósito de informação

pesquisada, sintetizada e

comentada pelo professor

Blog como

porte fólios digitais ou diários de

aprendizagem

Blog de fontes externas às escolas,

de informação temática relevante,

reconhecidos como válido pelos

professores
 
desafiar seus alunos a criarem e administrarem seus blogs, possibilitando que os alunos

explorarem os blogs dos colegas e conheçam um pouco mais de seus interesses. Estes

blogs também podem ser criados a partir das perguntas sobre os assuntos que os alunos

tenham interesse em pesquisar, não direcionando a um conteúdo específico em que

todos pesquisam nas mesmas fontes.

Uma outra proposta de atividade pode ser a criação de um “Blogquest”, que é

uma adaptação, seguindo a mesma estrutura das “Webquest”, criadas em 1995 pelo

norte-americano Bernie Dodge, da Universidade de San Diego (Califórnia), que se

propõe a ser um instrumento para tornar mais efetivas as pesquisas na internet, com

fundamento em aprendizagem cooperativa e processos investigativos na construção do

saber. Assim, os professores realizam o planejamento de algumas aulas referentes ao

assunto escolhido, adicionam links para outros blogs, deixando o blogquest pronto para

ser utilizado com seus alunos, com Introdução, Tarefa, Recurso, Avaliação e Conclusão

Figura 4.

Acredita-se que este é um grande desafio. O desafio de explorar as infinitas

informações disponíveis na web e transformá-las em conhecimento. Para que isso

aconteça, sabe-se que apenas ter acesso à informação não garante conhecimento. É

necessário agir cognitivamente sobre as informações que tenho acesso: Qual foi o meu

entendimento? As informações que estão disponíveis são verdadeiras? Qual é o meu

posicionamento crítico sobre o assunto? De que forma vou comunicar as minhas

conclusões?

A exploração de blogs nesta perspectiva, transforma-o em mais do que um

recurso pedagógico, mas numa estratégia de ensino-aprendizagem em que o papel do

professor é fundamental. Os alunos não agem apenas como meros receptores de

informações e cabe ao professor mediar o processo em que os alunos realizam

atividades de pesquisa, seleção, análise, síntese e publicação de informação. Enfim,

processo em que os alunos utilizam as estruturas mentais existentes para trabalhar as

novas informações e a partir desta reflexão-ação modificar suas estruturas e construírem

seu conhecimento.
Figura 4: Blogquest História. Disponível em http://blogquestinicio-made.blogspot.com/.


Acesso em: 09 jun.2008.
3. Blog: planejamento, registro e avaliação
 
Uma das propostas da pesquisa foi analisar a utilização do blog “Informática

Educativa” Figura 5. As aulas realizadas no laboratório de informática até a criação do

blog não eram planejadas e registradas. As turmas eram conduzidas pelas professoras

até o laboratório; a professora responsável pelo laboratório questionava os alunos sobre

o assunto que estavam trabalhando em sala de aula e em seguida definia sua estratégia

de aula: deixava o acesso livre para algum site que tratasse do assunto que estavam

estudando na sala de aula ou jogos instalados no computador.

Para superar este problema, a professora responsável pelo laboratório de

informática passou a preencher um Plano de Aula (objetivos, estratégias, recursos e

avaliação). Além do registro no plano de aula, a professora responsável pelas aulas

começou a utilizar o blog “Informática Educativa” para planejamento, registro e

divulgação das aulas realizadas no laboratório de informática com alunos da Educação

Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental.

As aulas no laboratório de informática com alunos da Educação Infantil e séries

iniciais Ensino Fundamental eram realizadas quinzenalmente e tinham duração de 40

minutos, sendo que as todas as aulas (atividades e estratégias) eram planejadas pela

professora responsável pelo laboratório. Normalmente, a maioria das professoras

acompanhava seus alunos até a porta do laboratório de informática e voltavam para suas

salas de aula para corrigirem os trabalhos feitos por alunos e seus cadernos. Às vezes,

ficavam numa sala ao lado do laboratório realizando estas atividades. Também

aproveitavam o tempo desta aula para agendar conversas com pais dos alunos. Na

maioria das vezes, ao término da aula no laboratório, as professoras retornavam para

conduzir seus alunos à sala de aula. A professora responsável pelo laboratório

aproveitava este momento para questionar o que estavam estudando na sala de aula,

para adequar suas aulas posteriores às necessidades de cada turma.

Figura 5: Blog “Informática Educativa”. Disponível em
http://informaticaeducativacsj.blogspot.com/. Acesso em: 07 jan.2008.


Uma outra estratégia utilizada pela professora responsável pelas aulas realizadas

no laboratório de informática, para saber os conteúdos que cada turma estava estudando,

era visitar o setor de mecanografia da escola, onde verificava os conteúdos trabalhados

pelas turmas através das folhas xerografadas e mimeografadas. Também questionava os

professores sobre os conteúdos trabalhados nos encontros durante a entrada e o recreio.

Acredita-se que a utilização do blog foi um grande avanço e que alcançou o

objetivo proposto, pois superou o problema da falta de planejamento, registro e

avaliação das aulas realizadas no laboratório de informática. Além disso, promoveu uma

valorização e ressignificação das aulas realizadas no laboratório de informática e do

próprio laboratório, que antes era considerado um local exclusivamente de diversão,

com acesso livre a jogos. A partir da criação do blog, dos planejamentos e divulgação

das aulas realizadas no laboratório de informática, direção, professores, pais e alunos

foram apresentados a uso pedagógico das NTics, percebendo suas potencialidades e

limites.

Desta forma, a pesquisa apresenta todas as atividades desenvolvidas no período

de março a novembro de 2007, mas não pretende avaliar especificamente todas as

atividades desenvolvidas. De uma forma geral, nota-se que todas as atividades

desenvolvidas foram criadas considerando a idade, o nível de desenvolvimento dos

alunos e os conteúdos que estavam sendo trabalhados na sala de aula com as professoras

titulares. A maioria das atividades, apesar de aparentarem que os alunos apenas

respondiam atividades, de uma forma ou de outra, propiciaram aprendizagens. Isto pode

ser percebido, ao analisar as primeiras atividades dos alunos quando digitavam seus

nomes com letras minúsculas e nas últimas atividades já digitavam corretamente, pois

no decorrer das aulas, descobriram as funcionalidades das teclas caps lock e shift, por

exemplo. Todos os arquivos desenvolvidos nas aulas realizadas no laboratório de

informática foram salvos e no final do ano foram gravados num CD. A idéia de registrar

todas as atividades desenvolvidas pelos alunos no laboratório de informática tinha o

propósito de acompanhar o progresso dos alunos.

Considera-se esta uma grande conquista, visto que antes não havia preocupação

em desenvolver atividades considerando a idade, o nível de desenvolvimento dos alunos

e os conteúdos que estavam sendo trabalhados na sala de aula com as professoras

titulares. É evidente que algumas atividades foram mais diretivas, até mesmo pelo

pouco tempo das aulas. A professora já esperava os alunos com todas as atividades

expostas no monitor. No final da aula, a professora tinha cinco minutos para salvar os

arquivos e disponibilizar as atividades para a próxima turma. No final do ano, os alunos

que dominavam a leitura e escrita já salvavam seus arquivos.

Acredita-se que se realizou uma mudança significativa importante para que

posteriormente possam ser desenvolvidas atividades que propiciem a participação mais

ativa dos alunos; ao invés dos alunos encontrarem as palavras nas caça-palavras, os

próprios alunos poderiam criar suas caça-palavras, por exemplo, e também abrir, criar e

salvar seus arquivos.

Constata-se que houve uma boa participação dos alunos e pais nas atividades do

blog que envolveram sua participação, também no mural de recados e bate-papo.

Através de observações das aulas, relatos dos professores e manifestações dos alunos no

mural de recados do blog constatam-se a alegria e entusiasmo das turmas em participar

das aulas no laboratório de informática.

Uma dificuldade observada foi a não participação das professoras titulares

durante as aulas realizadas no laboratório de informática. Uma alternativa para superar

este problema é promover a capacitação dos professores para a utilização deste

ambiente e documentar um projeto que fundamente o trabalho pedagógico, que venha a

ser desenvolvido na escola, com apoio das NTics. Através deste documento, equipes

pedagógicas, equipes administrativas e alunos, encontrariam orientações que

regulamentariam o trabalho a ser operacionalizado no laboratório de informática da

escola.

A professora responsável pelas aulas realizadas no laboratório de informática até

apresentou a direção um projeto para a utilização do laboratório de informática e um

programa de capacitação dos professores em informática educativa. O programa de

capacitação dos professores seria desenvolvido em dois sábados por mês no período de

março a dezembro de 2008, das 8h às 11h. O programa de capacitação também previa a

observação e participação dos professores nas aulas realizadas no laboratório de

informática.

No programa do curso de capacitação estavam previstas além de oficinas

pedagógicas sobre editores de texto, planilhas eletrônicas, slides de apresentação, blog,

internet, análise de software educativo e orientação e desenvolvimento de projetos de

informática educativa também a reflexão sobre a importância do acesso às NTics no

processo educacional e estudo das posições de diversos pesquisadores em informática

educativa, para fundamentar o processo ensino-aprendizagem, tendo o computador

como um dos mediadores do ambiente de aprendizagem.

Infelizmente, tanto a proposta do projeto que fundamentava o trabalho

pedagógico com apoio das NTics, quanto o programa de capacitação dos professores

ficou apenas no papel. A maioria dos professores por atuarem em outras escolas,

considerou impossível a conciliação dos trabalhos com o curso de capacitação e assim a

direção decidiu não promover o curso, ao verificar que não haveria participação da

maioria das professoras.
Conclusões e Propostas
 
Através da pesquisa foi possível identificar e caracterizar algumas práticas

existentes nos blogs servindo como referencial teórico e estímulo para posteriores

estudos e investigações sobre a utilização dos blogs na educação.

Contata-se e ressalta-se que a utilização dos blogs na educação, as estratégias e

atividades propostas pelos professores através dos blogs, vai depender principalmente

da Epistemologia do professor, da sua concepção de aprendizagem, conhecimento e

aluno, que apóia sua prática.

Destaca-se que entre as várias possibilidades da utilização dos blogs na educação

estão:

- Blog de fontes externas às escolas, de informação temática relevante,

reconhecidos como válido pelos professores;

- Blog sob a forma de depósito de informação pesquisada, sintetizada e

comentada pelo professor;

- Blog como portefólios digitais ou diários de aprendizagem;

- Blog como espaço de intercâmbio e colaboração;

- Blog como espaço de simulação e/ou debate;

- Blog como espaço de integração e comunicação.

Aponta-se apenas algumas das utilizações dos blogs na educação, pois os blogs

continuam sendo explorados e a cada dia surgem novas formas de explorar seus

recursos e potencialidades. Neste aspecto, destaca-se que cabe ao professor apropriar-se

das NTics refletindo sobre suas possibilidades, propondo atividades e estratégias

diferenciadas ao utilizar os blogs. Ainda, a importância da criatividade,

comprometimento e formação do professor para utilizar e explorar os recursos

disponíveis e suas potencialidades, valorizando o papel ativo dos alunos no processo de

aprendizagem.

Para finalizar, reafirma-se a necessidade de ampliar o espaço para discussão

desta temática, entre os trabalhos que podem seguir em decorrência do estudo aqui

realizado estão:

- Realizar um novo experimento, no qual se pudesse investigar a aprendizagem

dos alunos utilizando s blog como ambiente de aprendizagem. Isso poderia ser feito

comparando-se resultados da turma experimental com outra que não participasse do

experimento;

- Investigar novas utilizações dos blogs como recurso e como estratégia

pedagógica, que pudessem ser aplicadas e testadas investigando a eficácia do ambiente

na motivação e aprendizagem dos alunos.
Referências
 
GOMES, Maria João. Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica. Disponível em

https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4499/1/Blogs-final.pdf. Acesso em:


25 nov. 2007.
GOMES, Maria João; LOPES, António Marcelino. Blogues escolares: quando, como e


porquê? Disponível em
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/6487/1/gomes2007.pdf. Acesso


em: 25 nov. 2007.
INAGAKI, Alexandre. Blogo, logo existo. Disponível em

http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=1644. Acesso em: 19


maio 2008.
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da


informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.
MANTOVANI, Ana Margô. Weblogs na Educação: Construindo Novos Espaços de


Autoria na Prática Pedagógica. Disponível em
http://www.tise.cl/archivos/tise2005/02.pdf. Acesso em: 15 dez. 2007.

SOARES, Eliana Maria do Sacramento; ALMEIDA, Cláudia Zamboni. Interface

gráfica e mediação pedagógica em ambientes virtuais: algumas considerações.


Disponível em
http://ccet.ucs.br/pos/especializa/ceie/ambiente/disciplinas/pge0946/material/biblioteca/
 
sacramento_zamboni_conahpa_2005.pdf. Acesso em: 14 dez. 2007.

Retirado de: http://tecnologiasnaeducacao.pro.br/revista/a1n1/art10.pdf

A CENTOPÉIA QUE SONHAVA.wmv



Linda história, com uma contação divina e cheia de efeitos sonoros: Ameiii!!!

Ana Maria Machado: Toda criança precisa conhecer!!

Saiba um pouco sobre a Ana Maria Machado:

Biografia


História de Ana

Na vida da escritora Ana Maria Machado, os números são sempre generosos. São 40 anos de carreira, mais de 100 livros publicados no Brasil e em mais de 18 países somando mais de dezoito milhões de exemplares vendidos. Os prêmios conquistados ao longo da carreira de escritora também são muitos, tantos que ela já perdeu a conta. Tudo impressiona na vida dessa carioca nascida em Santa Tereza, em pleno dia 24 de dezembro.

Vivendo atualmente no Rio de Janeiro, Ana começou a carreira como pintora. Estudou no Museu de Arte Moderna e fez exposições individuais e coletivas, enquanto fazia faculdade de Letras na Universidade Federal (depois de desistir do curso de Geografia). O objetivo era ser pintora mesmo, mas depois de doze anos às voltas com tintas e telas, resolveu que era hora de parar. Optou por privilegiar as palavras, apesar de continuar pintando até hoje.

Afastada profissionalmente da pintura, Ana passou a trabalhar como professora em colégios e faculdades, escreveu artigos para revistas e traduziu textos. Já tinha começado a ditadura, e ela resistia participando de reuniões e manifestações. No final do ano de 1969, depois de ser presa e ter diversos amigos também detidos, Ana deixou o Brasil e partiu para o exílio. A situação política se mostrou insustentável.
Na bagagem para a Europa, levava cópias de algumas histórias infantis que estava escrevendo, a convite da revista Recreio. Lutando para sobreviver com seu filho Rodrigo ainda pequeno, trabalhou como jornalista na revista Elle em Paris e na BBC de Londres, além de se tornar professora na Sorbonne. Nesse período, ela consegue participar de um seleto grupo de estudantes cujo mestre era Roland Barthes, e termina sua tese de doutorado em Linguística e Semiologia sob a sua orientação. A tese resultou no livro "Recado do Nome", que trata da obra de Guimarães Rosa. Mesmo ocupada, Ana não parou de escrever as histórias infantis que vendia para a Editora Abril.

A volta ao Brasil veio no final de 1972, quando começou a trabalhar no Jornal do Brasil e na Rádio JB - ela foi chefe do setor de Radiojornalismo dessa rádio durante sete anos. Em 76, as histórias antes publicadas em revstas passaram a sair em livros. E Ana ganhou o prêmio João de Barro por ter escrito o livro "História Meio ao Contrário", em 1977. O sucesso foi imenso, gerando muitos livros e prêmios em seguida. Dois anos depois, ela abriu a Livraria Malasartes com a idéia de ser um espaço para as crianças poderem ler e encontrar bons livros.

O jornalismo foi abandonado no ano de 1980, para que a partir de então Ana pudesse se dedicar ao que mais gosta: escrever seus livros, tantos os voltados para adultos como os infantis. E assim foi feito, e com tamanho sucesso que em 1993 ela se tornou hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Finalmente, a coroação. Em 2000, Ana ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel da literatura infantil mundial. E em 2001, a Academia Brasileira de Letras lhe deu o maior prêmio literário nacional, o Machado de Assis, pelo conjunto da obra.

Em 2003, Ana Maria foi eleita para ocupar a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras, substituindo o Dr. Evandro Lins e Silva. Pela primeira vez, um autor com uma obra significativa para o público infantil havia sido escolhido para a Academia. A posse aconteceu no dia 29 de agosto de 2003, quando Ana foi recebida pelo acadêmico Tarcísio Padilha e fez uma linda e afetuosa homenagem ao seu antecessor.
 
Ana Maria para leitores iniciantes:
 
1.
Banho Sem Chuva
Banho Sem Chuva
Da série Mico Maneco. Essa divertida história ajuda a treinar a leitura de palavras com dígrafos.
2.
Boladas e Amigos
Boladas e Amigos
Divertida história da segunda fase da série Mico Maneco, boa para treinar as palavras com os fonemas "f" e "v" e com "g" e "j".
3.
Brincadeira de Sombra
Brincadeira de Sombra
Quem nunca brincou com a própria sombra? Luísa se diverte enquanto aprende a mexer com a sua.
4.
Cabe na Mala
Cabe na Mala
Primeira fase da série Mico Maneco, para leitura de palavras bem simples.
5.
Com Prazer e Alegria
Com Prazer e Alegria
Última fase da série Mico Maneco, que lembra a importância e o prazer de ler.
6.
Dia de Chuva
Dia de Chuva
Guido, Henrique e Isadora percorrem mundos incríveis em um dia de chuva.
Hors Concours (2002) Altamente Recomendável - Criança (2002)
7.
Eu era um Dragão
Eu era um Dragão
Num jogo permanente entre o texto e a ilustração, este livro sublinha a riqueza da imaginação infantil em suas sutilezas, que nem sempre ficam visíveis para os adultos.
8.
Fome Danada
Fome Danada
Uma história de comilança, que ajuda os que estão aprendendo a ler a diferenciar os sons "f" e "v" e as letras "g" e "j".
9.
Maré Baixa, Maré Alta
Maré Baixa, Maré Alta
Luísa sai para passear na praia com seus pais, e rapidamente descobre gostosas brincadeiras.
10.
Menino Poti
Menino Poti
A história do menino Poti diverte e ensina quem está na primeira fase da série Mico Maneco, que possui palavras bem simples.
11.
Mico Maneco
Mico Maneco
A história do Mico Maneco, sempre muito levado, é ideal para quem está começando a ler. Pertence a primeira fase da série, com leitura de palavras bem simples.
12.
No Barraco do Carrapato
No Barraco do Carrapato
Terceira fase da premiada série Mico Maneco. Ótimo para treinar os sons "r" e "s".
Altamente Recomendável (1985)
13.
No Imenso Mar Azul
No Imenso Mar Azul
História divertida para treinar a leitura de palavras com dígrafos. Pertence a quarta fase da série Mico Maneco.
14.
O Palhaço Espalhafato
O Palhaço Espalhafato
Enquanto lê a história de um espantalho, a criança treina a leitura de palavras com dígrafos. Parte da quarta fase da premiada série Mico Maneco.
15.
Pena de Pato e de Tico-tico
Pena de Pato e de Tico-tico
Livro da segunda fase da série Mico Maneco, para leitura das palavras com "f" e "v" e com "g" e "j".
16.
O Rato Roeu a Roupa
O Rato Roeu a Roupa
Parte da terceira fase da série Mico Maneco. Enquanto se diverte a criança aprende a leitura dos sons com "r".
17.
Surpresa na Sombra
Surpresa na Sombra
História divertida e fácil de ler, que ajuda a treinar os encontros consonantais. Da última fase da série Mico Maneco.
18.
Tatu Bobo
Tatu Bobo
Uma história engraçada de um tatu muito bobo, contada em palavras bem simples para quem está começando. Primeira fase da série Mico Maneco.
19.
O Tesouro da Raposa
O Tesouro da Raposa
Uma história curiosa que ajuda a treinar as palavras que tem os sons de "r" e "s", pertencente à terceira fase da série Mico Maneco.
20.
Troca-Troca
Troca-Troca
Para quem já domina todos os sons da língua, uma história divertida que ajuda a treinar os encontros consonantais. Pertencente a última fase da série Mico Maneco.
21.
Um Dragão no Piquenique
Um Dragão no Piquenique
Uma grande aventura fácil de ler e que ajuda a treinar os encontros consonantais. Para quem já está na última fase da série Mico Maneco.
22.
Uma Arara e Sete Papagaios
Uma Arara e Sete Papagaios
A história da arara tagarela diverte enquanto ajuda a treinar os sons "r" e "s". Parte da terceira fase da série Mico Maneco.
23.
Uma Gota de Mágica
Uma Gota de Mágica
Enquanto se concentra na história de Joana, aprende-se a leitura de palavras com "f" e "v" e com "g" e "j".
24.
A Zabumba do Quati
A Zabumba do Quati
A história do Quico com o forró faz parte da quarta fase da série Mico Maneco, para os que querem treinar a leitura de palavras com dígrafos.
 
 
Logo, logo mais informações e sugestões sobre os encantadores livros de Ana Maria Machado!
 
Beijinhos
Grazi
Obs: Informações retiradas do site http://www.anamariamachado.com/home/ 

domingo, 26 de maio de 2013

Ciranda Literária

Oi gente, boa noite! Ou boa madrugada, como preferirem,rsrs!!!
 
Vocês conhecem a Revista Nova escola?  Eu amo, vivo comprando suas edições impressas e estou sempre de olho no site. Hoje estava dando uma espiadinha e encontrei um projeto muito interessante, e compartilho com vocês!
 

Projeto

Ciranda Literária, troca de indicações de leitura

 
 
 
Introdução Quando assistimos a um filme que nos encanta, emociona, diverte, compartilhamos com os outros esses sentimentos e tentamos convencê-los de que vale a pena também viver essa experiência. O mesmo acontece quando lemos um livro, pois certas narrativas nos são tão significativas que nos fazem indicá-las para outras pessoas e convidá-las a fazer a mesma leitura.

Com as crianças, não é diferente. À medida que se envolvem num contexto intenso de leitura, gostam de ouvir novamente as mesmas histórias, solicitar outras, com temas de bruxas, fadas, etc., e também apreciam compartilhar na escola ou em outros lugares as leituras que lhe chamaram mais a atenção.

Para que isso seja vivido com mais intensidade, grupos (de faixa etária próxima) de uma mesma escola, ou salas de diferentes instituições, podem fazer uma parceria, indicando leituras preferidas uns para os outros. Caso as crianças não escrevam convencionalmente, podem ser produzidas resenhas por meio de ditado ao professor, que atuará como escriba.

Objetivos Fomentar o gosto pela leitura por meio da indicação dos livros preferidos.
Discutir com as crianças as características de um texto de indicação literária.
Produzir resenhas de indicação literária para serem trocadas entre grupos de faixas etárias aproximadas.
Promover um encontro entre as duas salas ou duas instituições para a troca de livros.

Conteúdos
Comportamento leitor: indicação das preferências literárias.
Características do texto de indicação literária.
Produção de resenhas de indicação literária.

Ano
Educação Infantil. (As atividades podem ser ajustadas para os primeiros anos do Ensino Fundamental. Para tanto, é preciso adequar o nível de desafio necessário para esses alunos).

Tempo estimado
De três a quatro meses.

Materiais necessários
Catálogos de editoras, livros literários, lápis, lápis de cor, giz de cera, papéis variados.

Desenvolvimento


1ª etapa Socialize a proposta de escrita de indicações literárias com as crianças:
Em uma roda de conversa, anuncie que o grupo fará o levantamento de todas as histórias que foram lidas e depois escolherá as que foram mais interessantes para que as crianças de outro grupo também leiam. Deixe que se lembrem dos títulos, de partes das narrativas e que algumas justifiquem o porquê das escolhas ou escolher, ao final de cada semana, o livro que mais gostaram de ler.

Organize por escrito (na lousa ou no computador), na presença das crianças, uma
lista dos títulos de livros que a professora leu em classe e de que mais gostaram naquela semana. Deixe a lista de títulos afixada na sala e escolha com as crianças aproximadamente cinco títulos para serem indicados a outro grupo.

Escreva uma carta para as crianças da outra escola (por meio de ditado ao professor), apresentando a classe e contando um pouco sobre a escola.

2ª etapa
Divida as crianças em grupos e distribua catálogos de várias editoras de livros
infantis para que tentem antecipar quais são as informações que constam nesses materiais. Se o grupo já tiver crianças alfabetizadas, garanta que pelo menos uma em cada agrupamento para leia os textos para o grupo. Caso contrário, leiam você mesmo algumas das resenhas para sala, relacionando-as às imagens que constam nesses catálogos. Escolha uma resenha de um livro já conhecido pelo grupo e realize a leitura. Após ler vários textos desses catálogos, realize os seguintes encaminhamentos:

1 - Questão para o grupo: como são esses textos lidos? Eles contam a história do livro todo? (retome a resenha do livro já conhecido pelo grupo). Anote as falas das crianças.
2 - A partir daí, peça que as crianças escolham um livro da biblioteca da sala, que conste na lista dos livros preferidos, para que o grupo tente fazer oralmente uma resenha.
3 - Converse sobre a produção de resenhas de indicação literária para as crianças da outra escola, para que assim o outro grupo conheça as histórias preferidas e sinta-se convidado a ler também.
4 - Conte como é a outra escola, lendo a carta enviada pelas crianças com quem trocarão indicações literárias.
3ª etapa Retome os cinco títulos preferidos do grupo e escolha um sobre o qual escrever a
resenha. Comece por uma situação de texto oral com destino escrito: as crianças ditarão o texto e você fará o registro na lousa. Enquanto os pequenos ditam, é importante reler o texto toda vez que for preciso pensar em sua continuidade.

Se o texto possuir muitas marcas da oralidade, como "aí", "né", "então", discuta com as crianças e tente reescrevê-lo retirando tais marcas e as repetições. Chame a atenção para a presença dessas expressões e negocie a passagem da linguagem oral, mais coloquial, para a linguagem escrita. Reapresente uma resenha do catálogo e peça que analisem se o texto tem essas expressões. Releia o texto em voz alta para as crianças parte por parte, discutindo essas questões. Se for preciso, quando as crianças não conseguirem fazer certas alterações, você pode sugerir, mas é importante que a maior parte seja compartilhada com o grupo.

4ª etapa
Decida com o grupo como será organizado o material da resenha: uma carta ou cartaz com os textos e as ilustrações das resenhas ou um cartaz para ser afixado na sala do outro grupo.

Realize a escrita de mais uma resenha e siga os encaminhamentos anteriores. Combine com o grupo como poderão ser feitas as ilustrações. A sala pode ser dividida de maneira que cada grupo fique responsável pela ilustração de uma resenha (os desenhos podem ser produzidos em papéis de tamanho reduzido e depois recortados para que caibam todos numa mesma página).

Organiza os desenhos em parceria com a turma e monte a carta ou o cartaz. Combine um dia específico para o envio da carta ou cartaz e, de preferência, planeje para o final do projeto um encontro em que as crianças possam para fazer uma roda de indicação literária, trocar o que foi produzido e presentear umas às outras com um livro de histórias para fazer parte do acervo de cada grupo.

Avaliação
Para avaliar se o trabalho com o projeto está cumprindo seus objetivos de aprendizagem para as crianças, observe se elas:

- Passam a indicar a leitura de livros e autores, ampliando seu repertório de livros e autores preferidos.
- Compreendem a função social dos textos de indicação literária e se apropriam de
algumas características que distinguem esse gênero (como dar referências do livro
indicado - título, autor, editora, ilustrador; apresentar ao leitor algumas informações sobre o livro que justifiquem sua leitura e cuidar de não dar outras informações, como o desfecho da história, a fim de produzir um efeito de suspense, gerando o desejo
de ler).